terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Pesquisa aponta que sobrepeso teria função protetora para idosos

Especialista ressalta em estudo a importância de se manter bons hábitos

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Saúde. É fundamental manter hábitos de vida saudável e estar bem mental e emocionalmente, segundo pesquisadora

“A busca pelo peso ideal não pode ser uma obsessão. Hábitos saudáveis são a chave da longevidade”. A afirmação é da médica Alline Beleigoli, autora de uma pesquisa que revelou que, ao contrário do que vem sendo pregado nos últimos anos, o sobrepeso e a obesidade não estão relacionados a menos anos de vida. 
“A hipótese inicial era que os obesos morreriam mais cedo do que aqueles com peso normal”, diz a médica. No entanto, não foi isso que seu estudo constatou. “Quinhentos e vinte e um idosos morreram durante os anos de pesquisa. Proporcionalmente, os que tinham peso normal morreram mais, o que nos levou a crer que o sobrepeso tem uma função protetora em idosos”, relata Alline sobre a pesquisa, fruto de seu doutorado em ciências aplicadas à saúde do adulto da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O trabalho usou dados do Estudo de Bambuí sobre Saúde e Envelhecimento, que acompanha os habitantes com idades acima de 65 anos da cidade no Oeste de Minas. Foram considerados 1.606 idosos, entre homens e mulheres. Desses, mais de 500 tinham sobrepeso e 180 eram obesos. Os participantes foram acompanhados por um período de dez anos, a partir de 1997.
Paradoxo. De acordo com a médica, os resultados da pesquisa reforçam o chamado “paradoxo da obesidade”, ou o fato de uma pessoa obesa poder, sim, ser saudável.
Além disso, o critério para determinar se a pessoa estava ou não acima do peso foi o Índice de Massa Corporal (IMC), calculado dividindo-se o peso da pessoa por sua altura ao quadrado. “Apesar do IMC ser usado como medida de obesidade, ele reflete tanto a massa magra, muscular, quanto a massa gorda, e uma maior massa muscular é sabidamente um fator protetor contra morte”, explica.
Outros fatores, porém, foram determinantes na longevidade. “Segundo o nosso estudo, os que praticavam atividade física e não fumavam morreram menos”. Assim, ela recomenda que, antes de se preocupar com o peso, é fundamental “manter hábitos de vida saudável e procurar também estar bem mental e emocionalmente”, para garantir não só mais anos de vida, como uma melhor qualidade de vida.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Pesquisa revela que 8 em cada 10 idosos brasileiros não entendem os rótulos das embalagens nos supermercados


foto notíciasPesquisa realizada pelo Instituto de Defesa do Consumidor confirma uma dificuldade que faz parte do nosso dia a dia: 40% das pessoas não conseguem ler as informações nutricionais que aparecem nas embalagens dos produtos alimentícios. Entre os consumidores acima dos 50 anos, o número cresce para 78%

Em reportagem especial sobre o assunto, realizada pelo Jornal do SBT Brasil no dia último dia 12 de novembro de 2013, foram entrevistadas algumas pessoas na faixa da 3ª idade, entre elas, Anisia Spezia, colunista e coordenadora de cuidadores voluntários do Portal Terceira Idade. 

“Quando os produtos apresentam essas letras pequenininhas, deveriam oferecer uma lupa de brinde”, brinca Anisia. “Eu acho que é descaso mesmo!”, desabafa. 

Outra questão levantada pela pesquisa é a clareza das informações para quem tem que evitar um componente, como sal, por exemplo. Na maioria dos rótulos, o que aparece é a quantidade de sódio, que não é a mesma coisa. Especialistas em saúde constataram: as informações nutricionais pouco ajudam o cidadão. 

“As pessoas às vezes têm uma orientação de um profissional de saúde, mas, quando vão procurá-las nos rótulos ou nas embalagens dos produtos, não as encontram de forma correta e acessível”, enfatiza o nutrólogo e cardiologista Daniel Magnoni. 

A data de validade, por exemplo, é outro dado que apresenta, na maioria dos casos, dificuldade para leitura. 

Esse é o primeiro estudo que avalia o problema no Brasil. Foram ouvidas 807 pessoas em quatro cidades brasileiras. O instituto que fez a pesquisa defende a padronização das tabelas nas embalagens no Brasil e também a adoção do chamado“semáforo nutricional”, como os encontrados em produtos importados, por exemplo. Neles, as cores verde, amarela e vermelha identificam os nutrientes em maior ou menor quantidade.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Uma casa bem mais segura para os idosos

Com o tempo passando e a idade chegando, alguns dos problemas mais comuns entre os idosos são aqueles que envolvem o sistema auditivo – como a surdez, por exemplo - e as quedas – mesmo dentro de casa. Muitas vezes, esses tombos provocam fraturas com consequências graves para a qualidade de vida e a saúde do idoso prejudicando a sua mobilidade e fazendo com que ele se torne dependente das pessoas ao seu redor. Após os 80 anos de idade, a osteoporose acontece com a mesma frequência tanto para homens como para mulheres, portanto o cuidado deve aumentar a partir dessa idade” ressalta a Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães, Otorrinolaringologista e Otoneurologista de Curitiba. Rita lembra que casos mais graves de fraturas podem levar à morte, principalmente quando eles envolvem o fêmur. “Cerca de 30% dos idosos que fraturaram o fêmur morrem em um ano. 

Além disso, o indivíduo que passou por uma cirurgia decorrente de queda pode ter complicações como um bloqueio da artéria pulmonar, broncopneumonia, risco cardíaco e infecções de maneira geral”, alerta. Mas o que fazer para evitar estes tombos? O idoso não pode ser impedido de se movimentar, porque assim ficará com mais problemas de mobilidade. Ele precisa de segurança. Além de fazer recomendações a idoso, é preciso preparar a casa para ele.

As quedas podem ser causadas devido ao ambiente, como piso inadequado, tapetes escorregadios, má iluminação, degraus, má localização dos móveis, ou por questões próprias do paciente como alterações sensitivas, sejam elas visuais, auditivas, no equilíbrio ou no tato, perda de força muscular ou alterações cardíacas e vasculares. “Existem também aquelas causas secundárias, como o uso de medicações que podem alterar a pressão arterial e provocar tontura”, lembra Rita. 

Para evitar quedas dentro de casa e tornar os ambientes mais seguros, existem algumas recomendações que devem ser seguidas por todas as famílias. “O acesso deve ser fácil, com piso externo áspero, marcações claras no caminho e sem barreiras que possam atrapalhar o caminho. 

As maçanetas devem ser do tipo alavanca e ao invés de escadas, a existência de rampas para ligar ambientes com níveis diferentes é indicado”, diz Rita.

Além disso, é importante que a casa tenha uma boa iluminação, com interruptores de luz próximos à cama, luz de emergência e luz noturna nos banheiros, corredores e cozinha, barras de segurança em alguns cômodos, gavetas de fácil abertura e objetos de uso frequente em locais de fácil acesso. “Assim, o idoso pode levar uma vida normal, com os cuidados necessários, sem se tornar dependente”, conclui Rita.

Cores claras nas paredes ajudam a iluminar o caminho e ainda melhoram o humor dos idosos.
Tapetes são bons evitar, assim como móveis baixos com pontas que possam cortar e machucar.


DICAS PARA UMA CASA SEGURA
Sala
. Ajuste a altura de poltronas e sofás e priorize poltrona individual com apoios  laterais, facilitando o levantar.
. Coloque antiderrapante na parte  inferior do tapete. O ideal é não ter.
. Evite excesso de móveis. Dê preferência  a móveis arredondados para evitar lesões graves

Cozinha
. Torneiras com alavanca facilitam o manuseio.
. Fogão e bancada da pia com altura (80 cm)  que facilite as atividades de culinária.
. Os utensílios mais usados devem estar em  armários de fácil acesso.Prefira pratos e copos de plástico ou metal.
. Utensílios como panelas com alças  laterais e longas ajudam a dividir o peso,  evitando queimaduras.
. Evite subir em bancos para pegar coisas 
fora do seu alcance.
. Verifique sempre se desligou os bicos de  gás no fim de cozinhar.

Lavanderia
. Eletrodomésticos em altura que  permita seu manuseio.-
. Varal de teto deve permitir o manuseio  individual, os que descem em conjunto ficam  pesados e perigosos.
. Tábuas de passar roupa com altura  regulável, na qual o braço fique a 90° de flexão,  dão mais estabilidade e evitam queimaduras

Banheiro
. Trancas que abrem por dentro e por fora  ajudam na eventualidade de o idoso 
passar mal e cair.
. Vaso sanitário em altura maior facilita no momento de levantar. Deve-se colocar 
uma base de alvenaria.
. Barras de apoio devem ser instaladas na  altura de quem vai utilizá-las.
. Piso antiderrapante e fosco diminui o 
risco de quedas. 
. Box: porta de correr, adesivos antiderrapantes  no piso,colocação de barras de apoio,  banco ou cadeiras especiais para banho.

Quarto
. A altura da cama correta é quando o idoso  se senta na beira desta e consegue colocar  facilmente os dois pés no chão.
. Interruptores sempre perto da cama. É ideal  a presença de abajur.
. Barras de apoio dão mais segurança para o idoso se levantar, principalmente  quando sonolento.
. Armários em altura que permita o acesso fácil.
. Janelas acessíveis, leves e simples de abrir

Escadas
. Os corrimãos devem cobrir toda a extensão da escada ou rampa e  se estender por 30cm do início ao final das mesmas, para que o  deficiente visual possa ter certeza do fim da rampa ou escada. 
. Se o carpete estiver solto, cole imediatamente.
. Se a escada não possuir piso antiderrapante, coloque um  pouco de areia na tinta para evitar escorregões ou coloque  fitas de borracha ou abrasiva. 
. O idoso deve ser orientado a descer as escadas de lado, 
sempre mantendo a mão mais firme no corrimão

Quintal
. Corrimãos no quintal ajudam a estimular a  realização de caminhadas e a interação com o meio externo, evitando isolamento social.
. Deve-se evitar desníveis, se necessário, opte por rampas com corrimãos em vez de degraus.
. Se a parte exterior da casa não é muita iluminada,  pinte as bordas dos degraus de branco para uma  melhor visualização no escuro ou instale luzes externas.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Memória no processo de envelhecimento saudável ( I )


Imagem: ShutterstockImagem: Shutterstock
O que é memória? Esta pergunta parece simples de ser respondida por qualquer pessoa, mesmo para leigos. Ao ser questionado sobre o que é “memória”, a resposta é quase imediata: é lembrar-se de algo!
No entanto… será mesmo que “memória” é o ato de lembrarmos de algo? Sim, claro! Mas… apenas isso? Para podermos lembrar algo, necessitamos que a informação da lembrança tenha sido apresentada a nós anteriormente. Portanto, é necessário que nós tenhamos aprendido aquela informação em algum momento de nossas vidas!
Mas agora surge outro problema: se, para lembrarmos, temos que ter aprendido a informação em algum momento de nossas vidas, então onde está a lembrança dos conteúdos dados nas aulas de matemática, das fórmulas de química, dos nomes complicados da biologia e das regras do português?
Bom, se esta pergunta acima faz sentido a você, leitor, significa que você está começando a entender o que é “memória”! Afinal, significa que conseguiu entender que ainda falta alguma coisa para podermos definir, de fato, “memória”.
Realmente, para que possamos lembrar algo, é necessário que tenhamos sido apresentados a esta informação previamente. Mas, mais do que ter aprendido a informação, temos que ter apreendido esta informação! Ou seja, temos que ter armazenado esta informação!
Portanto, a memória pode ser definida como: aprendizado, armazenamento e lembrança (ou evocação) de informações que já nos foram apresentadas ao longo da vida! Ora, agora faz sentido! Se eu não tiver aprendido algo, não terei como armazená-lo em minha memória e muito menos lembrá-lo! Se eu tiver aprendido, mas não tiver armazenado o conteúdo na memória, também não terei o que lembrar! E se eu tiver aprendido e armazenado, mas não for capaz de trazer estas informações à mente, também não terei lembranças… portanto, a memória é uma tríade, um tripé, que só faz sentido quando todos estes elementos estão presentes!
Pronto! Agora sabemos o que é “memória”!
Precisamos aprender também que a memória, pode ser dividida quanto ao tempo de duração! Então ela pode ser memória de curtíssima duração (dura poucos segundos, por exemplo, o valor da conta na padaria); memória de curta duração (dura algumas horas… a propósito, o que você comeu no café da manhã? Esta é sua memória de curta duração!) e memória de longa duração (dura dias, anos e até a vida toda!).
Além da divisão temporal da memória, há outras divisões (ou subsistemas) que utilizamos mesmo sem saber. Como exemplo podemos citar a “memória de procedimento” e a “memória semântica”. Embora os nomes sejam complicados, a definição é bastante simples. Por “memória de procedimento” entende-se como a memória usada de maneira automática por cada um de nós, sem necessitar de muito esforço para realizar… o ato de andar de bicicleta ou de dirigir automóvel são exemplos dessa memória. Ao andar de bicicleta, nós não necessitamos pensar o tempo todo que é preciso pedalar, equilibrar, virar o guidão, etc. Tudo isso é feito de maneira “automática” pelo nosso cérebro.
Já a memória semântica é composta por fatos e coisas que aprendemos ao longo da nossa vida, como os fatos históricos, o nosso vocabulário, os acontecimentos da nossa vida.
Não se esqueça: manter a memória preservada é importante para a promoção da independência e autonomia das pessoas, e isto colabora para se alcançar um envelhecimento saudável.
Texto por Thais Bento Lima e Eva Bettine – Gerontólogas pela USP e Presidentes da Associação Brasileira de Gerontologia. In:http://www.aterceiraidade.com/vivendo-com-saude/memoria-no-processo-de-envelhecimento-saudavel-parte-1/

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Medicina milenar chinesa melhora desempenho de idosos e atletas

Estudo revela que a acupuntura estimula a liberação de substâncias bioquímicas que aliviam a fadiga atlética devido a exercícios intensivos de resistência


A busca por melhores resultados e um desempenho físico e mental é o objetivo de muitas pessoas ao longo da vida, já que a longevidade está associada diretamente a hábitos regrados e saudáveis. E a acupuntura, mais uma vez, mostra-se eficaz nesse sentido, já que em diversas ocasiões obtive melhoras na força máxima, na aceleração e na potência nos membros inferiores tanto em idosos como em atletas

Em minha tese de Mestrado em 2005, demonstrei tais melhoras estudando atletas velocistas do Rio de Janeiro, aplicando um protocolo, defendido e proposto em minha Tese, a fim de utilizar alguns pontos de acupuntura com o objetivo de melhorar a performance desse grupo, sem que fossem utilizadas quaisquer substâncias dopantes e proibidas. O resultado é que 100% dos atletas estudados melhoraram suas performances. 

Uma nova pesquisa divulgada recentemente vai ao encontro de minha tese. O estudo revelou que a acupuntura estimula a liberação de substâncias bioquímicas que aliviam a fadiga atlética devido a exercícios intensivos de resistência. Além disso, os pesquisadores descobriram que a acupuntura aplicada em pontos específicos de acupuntura aumenta a atividade antioxidante e diminui os índices de estresse oxidativo. 

Durante este estudo randomizado e controlado, os atletas de resistência receberam eletroacupuntura nas pernas uma vez ao dia, durante 15 dias, por um período de 30 minutos. Os resultados medidos mostram que a eletroacupuntura tem efeitos benéficos sobre a saúde humana, intervindo no processo de metabolismo de radicais livres em atletas. 

Resultados recentes 

Os pesquisadores mediram aumentos significativos na superóxido dismutase (SOD) e diminuições significativas no soro malondialdeído (MDA) nos atletas submetidos à prática de acupuntura. Superóxido dismutase são enzimas que têm efeitos antioxidantes importantes nas células e protegem as células contra a toxicidade, exercendo potentes respostas anti-inflamatórias farmacológicas. Além disso, a acupuntura aumentou com sucesso este importante bioquímico na corrente sanguínea dos atletas. 

A acupuntura também mostrou níveis mais baixos de malondialdeído, um composto orgânico que é um marcador para o stress oxidativo. E o malondialdeído (MDA) está associado a patologias como desordens da córnea e da osteoartrite. Os pesquisadores concluíram que a eletroacupuntura diminui os índices de MDA e aumenta o superóxido dismutase (SOD) em atletas submetidos a exercícios intensivos de resistência, o que pode contribuir para o seu efeito no alívio da fadiga atlético. 

Portanto, assim, podemos concluir mais uma vez que o método milenar da medicina chinesa não só previne como também contribui para uma vida mais saudável, uma performance melhor e uma longevidade perfeita.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Campanha Natal Solidário 2013

No dia 20 de outubro de 2013, o Lar São João de Deus - Itaipava - RJ,  promoveu a Festa da Primavera. Evento este que congregou amigos, familiares, benfeitores e todos os idosos da casa para confraternizar e aproveitar para lançar a Campanha "Natal Solidário 2013".  Veja as fotos clicando aqui.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Feliz dia do Idoso!

A Escola de Hospitalidade neste DIA DO IDOSO quer abraçar a todos os que carinhosamente são chamados de Vovôs e Vovós, e mesmo que não tenham netos, trazem com seus cabelos brancos o afago que a humanidade precisa. a todos que entram neste período da vida, onde maiores cuidados e atenção são exigidos, porém, é onde reside a face da sabedoria criada pela experiência de vida.
Nós, enquanto instituição que busca a valorização do idoso, temos um enorme prazer de parabenizar todos aqueles que compõem nosso foco de dedicação. PARABÉNS!!!

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Políticas Sociais X Idoso = QUALIDADE DE VIDA

Idosos que participam de programas voltados para a terceira idade podem sentir melhora na qualidade de vida e experimentar um bem-estar psicológico, além de terem os riscos que desencadeiam a depressão diminuídos. Essas conclusões foram atestadas em um estudo feito com 103 mulheres a partir dos 60 anos, que participaram de atividades específicas durante um ano, segundo informações da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Estudos de Psicologia (Campinas).
1x1.trans POLÍTICAS SOCIAIS X IDOSO = QUALIDADE DE VIDACom mais de um ano de programa houve uma melhor percepção de qualidade de vida nos domínios físico, psicológico e social. Para a psicóloga Tatiana Quarti Irigaray, coautora do artigo, o convívio dos participantes com seus colegas e com a equipe coordenadora faz com que os idosos se sintam mais confiantes do próprio potencial, com atitudes mais positivas em relação a eles mesmos. O estudo corresponde à dissertação de mestrado da autora, que integra a equipe técnica da Universidade para a Terceira Idade (Uniti) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
O outro autor do artigo é Rodolfo Herberto Schneider, professor e membro da Comissão Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Gerontologia Biomédica da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Segundo a Tatiana , a participação exclusivamente feminina se deve ao fato de que a presença de homens em grupos de convivência de idosos é inexpressiva, não totalizando 5%, apesar de eles corresponderem a um terço da população acima de 75 anos.
Uma possível explicação para a diferença na participação pode estar relacionada às diferenças entre homens e mulheres quanto à sua representação do envelhecimento e como eles e elas percebem essas mudanças. “A vida mais longa das mulheres é atribuída à maior tendência ao autocuidado, como buscar assistência médica ao longo de toda a vida, ao maior nível de apoio social de que desfrutam e à menor vulnerabilidade biológica durante toda a vida”, disse Tatiana. Consequentemente, no Brasil, verifica-se uma proporção de quase cinco mulheres viúvas para cada homem viúvo.
Fonte:http://www.controlesocialdesarandi.com.br/idoso/politicas-sociais-x-idoso-qualidade-de-vida/

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Planos de saúde e o Estatuto do Idoso

Poder Judiciário vem reconhecendo como ilegais os aumentos dos convênios médicos em razão da mudança de idade de clientes com mais de 60 anos


Os serviços de assistência médica no Brasil estão cada vez mais caros. Neste ano, o reajuste autorizado pela ANS, a Agência Nacional de Saúde Suplementar, foi de 9,04%

Os aumentos anuais, que são aplicados aos contratos individuais firmados após o ano de 1999, têm o teto fixado pela agência, mas sempre em patamares superiores à inflação e aos ganhos dos trabalhadores e aposentados. O mesmo acontece com os consumidores que possuem planos coletivos, empresariais ou por adesão, cujos reajustes, que não são controlados pela ANS, podem chegar a mais de 40%. 

Mas a situação é ainda pior quando analisamos os aumentos decorrentes de mudança de faixa etária. Embora a agência, em conformidade com o Estatuto do Idoso, proíba, desde 2004, que os convênios médicos aumentem o valor das mensalidades, em razão da mudança de idade dos clientes com mais de 60 anos, há ainda um grande número de consumidores idosos que continuam sofrendo com os reajustes. 

Isto acontece porque as operadoras de saúde entendem que somente os contratos assinados após a vigência do Estatuto do Idoso, em janeiro de 2004, ou aqueles que foram adaptados aos termos da Lei 9656/98 após essa data, é que não estão sujeitos à incidência dos aumentos decorrentes da alteração de idade. 

Assim, desde a criação do Estatuto, muitas ações judiciais começaram a existir, de modo que fosse declarada a sua aplicação a todos os contratos de assistência médica privada, independentemente do ano de contratação. 

O Poder Judiciário, de modo acertado, vem reconhecendo que, dado o relevante interesse social envolvido, o Estatuto do Idoso deve ser aplicado a todos os contratos e considerando, consequentemente, ilegais os aumentos para os clientes com mais de 60 anos. 

Observados os prazos prescricionais, os consumidores têm obtido o direito de receber as quantias pagas a mais, em razão desse tipo de reajuste.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Idoso não usa tempo livre em atividades benéficas à saúde, diz estudo da UFMG

Segundo pesquisadores, apesar de possuírem várias horas ociosas,essa faixa etária pratica mais lazer passivo, como assistir televisão e ficar deitado


O tempo de lazer dos idosos, no Brasil, é grande, porém, mal aproveitado. É o que constataram os estudantes Luís Fernando Bevilaqua, Janine Gomes Cassiano e Tainã Alves Fagundes, no trabalho de graduação do curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no qual analisaram a relação entre o uso do tempo dos idosos e o estado de saúde.
Bevilaqua explica que 26% do dia dos idosos é dedicado a atividades de lazer, porém com pouca contribuição para a melhoria da saúde. “É um lazer ocioso, passivo, como assistir televisão e ficar deitado descansando. Mas o lazer ativo traz mais benefícios, como as atividades da terapia ocupacional”. Entre essas, ele cita artesanato, dança e até mesmo rodas de conversa.
O trabalho foi apresentado na 35ª Conferência da Associação Internacional para Pesquisas de Uso do Tempo (Iatur), que começou nessa quarta-feira (7) no Rio. Até sexta (9), especialistas de 38 países vão discutir temas como valor do tempo, trabalho remunerado, valor do trabalho não remunerado, meios de comunicação e lazer e cuidados na família. O objetivo é saber como as pessoas usam o tempo, para poder planejar políticas públicas e combater as desigualdades sociais.

A pesquisadora do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Cíntia Simões Agostinho, que está analisando as informações do projeto-piloto feito sobre o uso do tempo, em 2009, explicou que o tema já é debatido em outros países, mas só há alguns anos passou a receber atenção no Brasil e na América Latina. “É importante porque é uma forma de captar o cotidiano das pessoas, o uso do tempo em diferentes realidades, para diferentes perfis de população, tanto para [elaborar] políticas públicas como para o bem-estar das pessoas. [É importante] para entender como que a gente preenche as nossas horas diárias”, reforça.

Cíntia lembrou que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), feita anualmente pelo IBGE, já inclui perguntas sobre o uso do tempo relacionado à locomoção, ao cuidado de pessoas da família, aos afazeres domésticos e ao trabalho voluntário. “Além de conseguir caracterizar melhor os perfis das diferentes pessoas, a gente pode cruzar com muitas variáveis. Onde ela mora, se ela usa o serviço de saúde, qual o tempo de lazer ou de trabalho, se assiste à televisão, uso de meio de comunicação de massa. É uma pesquisa que avalia vários aspectos da vida da pessoa e pode ser muito útil. Qualquer setor público pode olhar para esses dados sob a ótica de políticas sociais”, declarou.

A professora do departamento de economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e assessora da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Hildete Pereira, lembra que a questão de gênero também é fundamental nas discussões sobre o uso do tempo. “A mediação do tempo é uma forma de se entender a raiz da subordinação e da desigualdade”, disse. Na avaliação da professora, o principal trabalho que a sociedade oferece para as mulheres não é visto como trabalho, como cuidar cuidar dos filhos, dos doentes, arrumar, varrer, lavar. “Isso tem que ser valorado, porque em economia tudo tem preço. Desde 2001, a gente pode fazer uma proposta metodológica para mensurar esse trabalho não pago, porque graças à Pnad eu sei quantas horas as mulheres se dedicam aos trabalhos domésticos”, ressaltou.

De acordo com a pesquisa, em 2001 as mulheres dedicavam em média 29 horas por semana para as tarefas domésticas, hoje são 23 horas. Enquanto os homens declaravam nove horas em 2001 e, agora, são dez horas. “O que está enraizado a gente retira da terra. Para isso, é preciso discutir, colocar a nu a questão, precisa vontade política, de políticas públicas, precisa tirar os trabalhos dos cuidados de dentro de casa, precisa ter creche para as crianças, lavanderias populares, públicas, comida em restaurante popular, para deixar em casa o menor tempo de trabalhos possível. Isso é o ideal, um sonho. E fazer com que os homens repartam as tarefas domésticas”, declarou.

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Idoso com demência que interage com animal pode melhorar a qualidade de vida


Uma interação sistemática com um cachorrinho pode ajudar a melhorar a saúde mental e as funções físicas de pessoas com demência. É o que revela uma nova pesquisa da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos. Foi encontrada uma diminuição na depressão após a realização de um programa de envolvimento regular com um cão.
“Esse estudo fornece evidências importantes sobre os benefícios da interação com animais de estimação para pessoas com demência”, diz a coordenadora do estudo, Erika Friedmann, professora da Universidade de Maryland. Ela ainda frisa que, ao melhorarem a saúde mental e a função física, esses tipos de programas podem ajudar esses idosos a manterem autonomia por mais tempo.
O levantamento envolveu 40 idosos com demência que vivem em residenciais. Eles passaram por duas sessões de 60 e 90 minutos por semana, durante três meses em que eles foram incentivados a interagir com um cão. Isso incluiu cuidar do animal utilizando habilidades motoras.
Alimentar o cão, ajustar a coleira, caminhar com ele e acariciá-lo foram algumas das atividades desenvolvidas. As sessões também envolviam o uso de habilidades sociais, como conversar com o cão, falar sobre o cão para os outros e dar os comandos ao animal.
Os resultados mostraram que os participantes que interagiram regularmente com um cão tiveram melhorias nas suas funções emocionais (diminuição na frequência de depressão), em comparação com o grupo controle – ou seja, aquele que não interagiu com cachorros. Os participantes da pesquisa também demonstraram uma tendência para a função física melhorada, com um aumento de atividades físicas em todos os dias, ao longo do tempo.
A pesquisa, intitulada The pet assisted living intervention for functional status in assisted living residents, foi apresentada na conferência trienal da Associação Internacional de Organizações de Interação Homem-Animal (IAHAIO), realizada de 20 e 22 julho deste ano, em Chicago. O estudo foi financiado pela Mars, Incorporated e pelo Centro Waltham de Nutrição Animal.

terça-feira, 30 de julho de 2013

Papa denuncia «eutanásia cultural» que exclui idosos e jovens


Rio de Janeiro, Brasil, 25 jul 2013 (Ecclesia) – O Papa alertou hoje para o que chamou de “eutanásia cultural”, que leva à exclusão de idosos e jovens, durante um encontro com peregrinos argentinos durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) do Rio de Janeiro.
Segundo o Papa, o mundo atual está marcado por uma “filosofia e práxis de exclusão” dos mais novos e dos mais velhos, lamentando a existência de “uma geração que não tem experiência da dignidade ganha pelo trabalho” por causa do desemprego juvenil.
“Não se deixem excluir”, pediu aos presentes.
Francisco apelou ao respeito pelos idosos, dos quais falou como uma “reserva cultural" que transmite a "justiça, a história, os valores” e a “sabedoria dos povos”.
"E vocês, por favor, não se ponham contra os velhos, deixem-nos falar", declarou.
Perante milhares de jovens reunidos dentro de catedral, acompanhados por dezenas de milhares no exterior, o Papa disse esperar que a JMJ provoque “confusão” e reforçou a ideia de que a Igreja Católica “não pode ser uma ONG”.
“Quero que a Igreja saia à rua”, confessou.
Francisco defendeu que a civilização mundial “passou das marcas” na sua adoração ao “deus dinheiro” e lançou um apelo aos jovens: “Por favor, não liquidifiquem a fé em Jesus Cristo”.
Seguiu-se um momento de oração e o Papa abençoou uma imagem da Virgem de Luján, padroeira da Argentina, e a cruz de São Francisco, que percorrerão a sua terra natal.
Antes de sair da catedral, Francisco passou alguns minutos a cumprimentar os jovens argentinos que se tentavam aproximar dele.
Este momento não constava da agenda oficial inicialmente divulgada pela Santa Sé e foi incluído no programa do Papa a seu pedido.

Fonte: Agência Ecclesia

terça-feira, 16 de julho de 2013

Danças Circulares: um caminho para o bem-estar


 
O ato de dançar teve sua origem, provavelmente, na Pré-História, quando os homens batiam os pés no chão. Aos poucos, foram dando mais intensidade aos sons, descobrindo que podiam fazer outros ritmos, conjugando os passos com as mãos, através das palmas. 

Ao longo da história da humanidade, vários tipos de dança foram criados, em especial as danças em grupo. Os primeiros registros dessas danças, através dos rituais religiosos, em que as pessoas faziam agradecimentos ou pediam aos deuses o sol e a chuva, mostram que elas surgiram no Egito, aproximadamente dois mil anos antes de Cristo. 

Tomando um rápido atalho na linha do tempo para os dias de hoje, chegamos a um tipo de dança muito especial: a Dança Circular, que faz parte de um movimento mundial de resgate de danças tradicionais e contemporâneas dos povos, buscando a convivência cooperativa, o respeito por si mesmo, pelo outro e pelo planeta. 

Muito mais que uma forma diferenciada de dança, as Danças Circulares funcionam como uma forma de estimular a consciência corporal, concentração, memória e flexibilidade, aumentando a autoestima e beneficiando a saúde em todos os aspectos. E, o mais importante, podem ser praticadas por pessoas de todas as faixas etárias. 

Geralmente feitas em Roda, de fácil aprendizado, as Danças Circulares não exigem experiência anterior. Logo nas primeiras aulas, percebe-se, principalmente no grupo de alunos mais idosos, uma evolução do estado de ânimo com os movimentos das danças. Eles começam a se valorizar mais, vestindo-se melhor, pintando os fios brancos dos cabelos e por aí adiante. 

Durante as danças, são trabalhados aspectos físicos, intelectuais, emocionais e espirituais, melhorando o ritmo e a consciência corporal, a flexibilidade mental, o conhecimento do outro, a convivência e a alegria, ajudando, assim, a espantar a tristeza e o estresse e passar a aceitar valores como a diversidade. 

Nos exercícios corporais de roda são utilizadas danças indígenas, cirandas populares do Brasil, músicas clássicas como Bach e valsas de Strauss, contemporâneas, além de músicas folclóricas russas, gregas, indianas, japonesas, latinas, italianas, iranianas, entre outras. 


A utilização da dança circular como caminho para o bem-estar teve início na cidade de FindhornEscócia, nos anos1970, na Findhorn Foundation, centro de educação espiritual e holística que trabalha em estreita colaboração com outras organizações e indivíduos. A comunidade inclui mais de 40 organizações, todas interconectadas por uma visão positiva da humanidade e da Terra. 

A entidade não cultua nenhuma doutrina ou crença formal. Acredita que a humanidade está envolvida num processo de expansão evolutiva da consciência, gerando novos comportamentos para a civilização, bem como uma cultura planetária impregnada de valores espirituais. Não discrimina raça, cor, idade, religião ou orientação sexual. 

Recebe, anualmente, a visita de cerca de 14 mil pessoas oriundas de mais de 70 países, com o intuito de participar em seminários (workshops) e retiros espirituais.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Visita do Superior Geral

O Lar São João de Deus recebeu nos dias 17, 18 e 19 de Junho de 2013 a ilustre visita de seu Superior Geral  Ir. Jesús Etayo, acompanhado de um dos seus Conselheiros Gerais, Ir. Benigno Ramos, do Provincial Ir. José Augusto e do Delegado Ir. José Raimundo , onde entre diversas atividades, foram recebidos em Itaipava na segunda-feira (17) às 19h. Na terça-feira (18) aconteceu uma reunião com a Grande Equipe, seguida de uma Apresentação cultural, onde os idosos e colaboradores puderam mostrar um pouco da alegria brasileira, com danças, presentes e muita música. Na quarta-feira (19), a visita veio a término coroada com a Santa Missa presidida às 10h pelo próprio Superior, Ir. Jesús Etayo. Segue abaixo algumas fotos desse momento tão especial. (mais fotos podem ser vistas no facebook do Lar http://www.facebook.com/media/set/?set=a.430150977083101.1073741830.100002646064784&type=3&uploaded=95)




terça-feira, 2 de julho de 2013

XII Jornada Hospitaleira - Junho/2013

Concluímos com êxito nos dias 7,8 e 9 de Junho de 2013, o III módulo do curso “Hospitalidade e Cultura Hospitaleira” promovido pela ESCOLA DE HOSPITALIDADE da Delegação Provincial do Brasil.

Participaram Colaboradores das Casas (Centros) de São Paulo, Divinópolis, Itaipava e Aparecida do Taboado. No III módulo (Jornada Hospitaleira), estiveram presentes mais de 80 colaboradores da Ordem Hospitaleira de São João de Deus no Brasil. Durante o evento foram realizadas várias palestras, gincanas e momentos de espiritualidade. O objetivo principal era aprofundar o conhecimento dos nossos colaboradores sobre os valores da Ordem Hospitaleira: Hospitalidade, Qualidade, Respeito, Responsabilidade e Espiritualidade. Foi um grande encontro de HOSPITALIDADE JOANDEÍNA. — em Itaipava Petropolis RJ 




terça-feira, 7 de maio de 2013




Saudações Hospitaleiras a todos,

É com muita alegria que a Escola da Hospitalidade vem se preparando para a realização de mais uma Jornada Hospitaleira, que nesse ano será realizada em Itaipava RJ – (Lar São João de Deus) no sítio das Arcas, nos dias 7,8 e 9 de junho cumprindo o 3º módulo do curso Cultura Hospitaleira.

Durante o ano de 2011 um grupo de colaboradores do Lar São João de Deus (Itaipava), Hospital São João de Deus (Divinópolis), Casa de Saúde São João de Deus (São Paulo) e Casa da Hospitalidade (Aparecida do Taboado) tiveram a oportunidade de participar da Escola da Hospitalidade, onde lá conheceram um pouco mais sobre a vida do nosso Patrono São João de Deus.

O curso Cultura Hospitaleira que é promovido pela Escola da Hospitalidade é dividido em três módulos:

1° Módulo:
·        Vida de São João de Deus.
·        Obras de São João de Deus e História de Ordem Hospitaleira.
·        Cartas de São João de Deus.



2° Módulo
·       Carta de Identidade da Ordem Hospitaleira de São João de Deus.
·        2° parte de Carta de Identidade.
·        Estatutos Gerais e “Irmãos e Colaboradores: unidos para servir e promover a vida”.


3° Módulo
·        Jornada Hospitaleira.



Participe e acompanhe  todas as atividades realizadas pela Ordem Hospitaleira de São João de Deus.